sábado, 9 de outubro de 2010

Que dimana em mim.

Após dilacerado
Há um sulco descomedido em meu imo
Que arde nas bordas e só
Cessa quando transborda lamúrias
Irrefreadamente... escuras, espessas.
Sem força ele não bombeia e os extremos
Frios de nada - são dedos opacos de
Vida que doem um agudo tormento.
O sofrer eterno de alguém que por dentro sangra.
Hemorragia desenfreada que alaga as entranhas
E escorre dos olhos cristalina. Que mancha a pele
De translúcido e reluz até cegar o olhar de quem vê

Inexistente para os com quem convive tenho os olhos cerrados,
Não de raiva, algo mais brando que não sei dizer.
Porque tanta dor? É o vazio de dentro que me corrói
Ou o turbilhão ininterrupto que me é externo
A aprisionar-me do lado interior? Nem para essa tenho resposta,
Uma vez que brotam perguntas de meus lábios.
Já as respostas nunca encontram o caminho até o consciente.

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