terça-feira, 11 de outubro de 2011

E se naquilo tudo, na verdade, não tivesse nada?
Todos aqueles olhares congelados nas fotografias. Nada.
O brilho vazio, as caras mascaradas. Aquela gente que não dizia nada.
Nem aquele que você sentia, ou que te fazia sentir. Tanto faz.

As vezes me pego olhando pras paredes cheias desses momentos congelados.
E o que eles me dizem? São as pessoas que eu ainda queria próximas a mim? Talvez.
Quem sabe só mais presentes.
Ou são lembretes de que a vida, na verdade, não é tão triste e tão árdua.
Mas eu to cansada de tanta coisa. Mesmo depois de tantas mudanças.
Nem a arte, nem a suposta arte, melhor dizendo, me conforta mais.
Ou eu só estou ficando mais cética... As vezes é isso.

Ai, como eu quero entender o que é que ele me faz sentir. O que é isso tudo?
Sério que acabei de gastar uma fortuna com ele? Porque não tenho coragem de dizer o que ainda sinto?
E toda essa insegurança? Onde fica? Acumula aqui, e me entala o peito ?
Ah esses clichês. Cansei. Mas não consigo me desvencilhar.
Afinal a sociedade toda se constrói sobre eles, né?
Querer fugir disso tudo não adianta de nada.

Mas todos são tão felizes. Lá congelados, mas felizes.
Aqui, na minha parede. Engraçado que as vezes vejo uma menina que se parece comigo.
Mas nunca entendo os seus olhos. Vivo perguntando de quem são e o que querem significar.
Me dizem que significam algo para alguém, mas tem um outro alguém, que não esse, que significa algo para eles. Será? Não sei, talvez se perguntarmos à ela....





Seguidores