terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cinza

Uma pausa.
Meus passos mudos
Trazem o silêncio de um dia farto e turbulento;
O frio chama a solidão
E a calma para dentro.
Um instante.
Um momento.

É o mundo que gira devagar,
Que corre em câmera lenta.
São meus batimentos,
Lentos, destoantes.
O translucido através da tristeza;
O turvo delineando o caminho.
As lágrimas.
Caleidoscópio invertido,
É dor infinita.
Trazida de um poço profundo, imprecisa.
Sem porque, sem sentido.
É a derradeira emoção que aos poucos
Foi-se ruindo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Stigmatized


"If I give up on you I give up on me
If we fight what's true, will we ever be
Even if God himself and the faith I knew
Shouldn't hold me back, shouldn't keep me from you

Chorus:
Tease me, by holding out your hand
Then leave me, or take me as I am
And live our lives, stigmatized

I can feel the blood rushing through my veins
When I hear your voice, driving me insane
Hour after hour day after day
Every lonely night that I sit and pray

Chorus

We live our lives on different sides,
But we keep together you and I
Just live our lives, stigmatized

We'll live our lives, we'll take the punches every day
We'll live our lives I know we're gonna find our way

I believe in you
Even if no one understands
I believe in you, and I don't really give a damn
If we're stigmatized
We live our lives on different sides
But we keep together you and I
We live our lives on different sides,

We're gonna live our lives
Gotta live our lives
We're gonna live our lives
We're gonna live our lives, Gonna live our lives, Stigmatized"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Horizonte Distante"

Se existe a divisão real
Entre Céu e terra,
Seriam teus olhos,
Os reais representantes
Desse horizonte.

Sua figura assusta-me
E me consome de desejo...
Porque este ímpeto em mim?

É errado, irreal, o que sentimos,
Todo o nosso plano físico é imoral.
Somos a personificação de nossos Sonhos
Todos, contos de fada sem finais felizes.

Ainda assim, não consigo desprender-me de teu olhar
O brilho que deles irradia é chama...
Eterna chama a me atrair.
A tornar toda minha força de vontade
Irreal, restrita; O material a preencher a ampulheta

E a cada passo que me distancio de ti
São outros cinco que dás em minha direção.
E seu cheiro a me embriagar e cultivar meu
Vício por tua presença...
E teus toques a me prender, tornam improváveis
A distância que me separe de teu bem querer.

Laços inexistentes prendem-me, fio a fio,
A nossa relação... Não existe escapatória,
E o fim deve estar por vir.
Mas não temo deitar-me em teu leito
E abraçar nosso futuro inexistente;
Sorrio... Diante de tal expectativa.
A esperança de tornar-se real
A história trágica de nosso fim.


" Por onde vou guiar
O olhar que não enxerga mais
Dá-me luz ó deus do Tempo (x2)
Nesse momento menoooor
Preu saber seu redór
A gente quer ver,
O Horizonte Distante"

sábado, 7 de agosto de 2010

Chama

Certo que te ter em meus braços, é o sol
que irradia, e queima;

Deixa em brasa folhas mortas e vive, e faz viver
as mais bonitas;

Cresce e cerca o mundo, um todo tão complexo e profundo;
profaná-lo por inteiro?
Impossível.

Vento que carrega o pó e lava seus cabelos, ondas cálidas
que me impedem o sono e me levam ao ar, carregando o ser,
o mundo;

Brilho que cega, ofuscante brasa de um corpo que reluz,
À luz da lua: leitoso;
Derretido ferro pelo dia,
Moldado às marteladas... 
Acariciado pelas chamas que lambem e levam tudo.

(18/08/2009)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Qual o problema?

É que está tudo de cabeça para baixo... 
Qual o suposto sentido de algo existir? 
E, seira eu, obrigada a entendê-lo?.... Não sei.

Sinto-me incapás de compreenção
Escrevo sem saber o porquê e sem real vontade...
Ou seria isso somente algo mais que não faz sentido?
Já não sei os limites
E minha mente infantil faz questão de que deste modo
Tudo permaneça.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Camélia

Porque sou eu a Cortesã
De seus sonhos
E ela a mulher de seus dias?

Meus olhos lôbregos acordam
Para focar o nada...

A cama rodeada por livros,
Círculo de sabedoria e paixão,
Antro de perfume e saudade
Amanhece fria, solene.
Meus dias padecem a escrever
Somente. A claridade é o revés...
É como a solidão que me consome.

Ao claro, sua apatia
Me assusta...
E trôpega de sentimentos vissicitosos, derramo lágrimas
Em meus escritos não somente inspirados por ti.
Mas pela amargura trazida em minha boca a cada manhã que acordo
Sem teu corpo quente ao lado meu.

Tento sufragar meus sentimentos.
Torná-los líquidos em poesia.
Mas quando a noite cai
E tua voz a recitar me aquece
O peito, e tuas mãos me
Esquentam o corpo
Me pego a sorrir...

E deixo-me naufragar em
Mil e uma noites de Amor.

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