sábado, 24 de setembro de 2011

I guess that's why they call it the blues


Don't wish it away
Don't look at it like it's forever
Between you and me
I could honestly say
That things can only get better
And while I'm away
Dust out the demons inside
And it won't be long
Before you and me run
To the place in our hearts
Where we hide
And I guess that's why
They call it the blues
Time on my hands
Could be time spent with you
Laughing like children
Living like lovers
Rolling like thunder under the covers
And I guess that's why
They call it the blues
Just stare into space
Picture my face in your hands
Live for each second
Without hesitation
And never forget I'm your man
Wait on me girl
Cry in the night if it helps
But more than ever
I simply love you
More than I love life itself
And I guess that's why
They call it the blues
Time on my hands
Could be time spent with you
Laughing like children
Living like lovers
Rolling like thunder under the covers
And I guess that's why
They call it the blues

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um balão baleia, de tão grande que é.

Me dá um balão? Um bem colorido, cheio de gente plantada, com cores gritando e árvores correndo. Me dá um balão? Cheio de ar com purpurina, chuva sem cor e mundo sem terra. Me dá um balão? Um balão bem grande! Sem pé nem cabeça, sem ventre nem fala, sem sentido algum? Um tão, tão, tão grande pra que eu possa me perder de mim mesma. Esquecer quem sou, quem fui e o que já planejei ser. Que caia água milagrosa do céu, que lave e leve tudo embora. E que eu possa desperdiçar meu tempo com o que eu quiser.

Quero mergulhar nas trincheiras sem fim que existem aqui dentro. Tão fundo, tão fundo que eu pareça suspensa no ar. Desprendida de qualquer amarra que hoje me sufoca e me entala o peito de coisa triste, coisa morta. Quero me perder num mundo sem eira nem beira. Sem o PARA do lelepípedo. Sem qualquer barreira. Eu quero GRITAR o que realmente sou. Esquecer de gente hipócrita que não sabe mais o que é amar.

AMAR. MAR. Isso. Mar. Um mar imenso é o que eu quero. Um gigantesco, gigantesco mar. Com horizontes ridiculamente distantes. Não, melhor. Sem horizonte algum! É! É exatamente isso que quero. Só raios de sol, água salgada, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e nada. Isso, isso. Nada. Porque tudo é um. Não vão existir horizontes, nem multidões, nem barulho, nem natureza, nem eu, nem você; Só vai existir e ponto. SER e fim. Nada mais, nada menos. Um UNO irrestrito onde tudo é nada, e nada é tudo. O silêncio é o som. A fome é a falta dela. A sede é o próprio ato de matá-la. E o você e o eu não existe. Pois somos o mesmo. Somos o mesmo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quem é você? Eu?



E das tuas linhas tortas traço meus romances. Cenas escuras, ruelas estreitas, carros sozinhos. Aquela estranha neblina cobre tudo; demonstra o desnorteio que me faz sentir. É assim tão estranho? Esse rebuliço todo que me deixa zonza? Acho que não. Tantos falam dele. Mas pra mim só faz sentido diante de ti. Quando não encaro os olhos teus é tudo simplesmente absurdo. Sim, sim. Absurdo. É como se visse a mim, mas sendo outra pessoa. Não me reconheço perto de ti. Perco minhas próprias marcas, meus próprios sentidos, e vivo através dos teus. De ti, pra ser mais clara. É. Respiro, ando, olho e como. Tudo por você. Minha mãe diz que é doença, que não me faz bem, sentir isso.  Mas você logo se vai, vai viver a tua vida. Aquela, longe de mim. E eu? Volto ao normal, acho. Acostumando-me aos meus pulmões, e visão e tato próprios. Muito estranho isso. Sim, sim. Muito estranho. Sinto-me apática sem ti. Ser eu mesma torna-se irreal. Tua mera presença me revolve o mundo, vira tudo de ponta cabeça. No instante momento me agrada. E depois que se vai - é tudo ácido. Dos olhos tristes escorrem lágrimas. Essas, dessa vez, não através dos teus olhos, mas dos meus mesmo. Doentes sem você. Sem você... Tão estranho,  tão estranho.... 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O sol me vê


Adoro desenhar. Adoro desenhar espelhos. Colorir quadros e estragar sorrisos.  Engraçado isso. Eu quereria gerá-los, não os estragar. Mas ainda assim. Parece que tudo o que pinto vira um misto de coisas marrons e cinzas. A colisão de tudo num gigantesco nada, que significa o mundo, mas contextualiza demais. E ai o que se vê é a mancha escura na parede que, pesada, escorre rasgando o branco imaculado à volta. Sabe... eu não me importo. Não com o branco, porque se você observar bem, não é branco coisa alguma. É mofado, tem aquele tom amarelado tosco que só nos repudia. E se olharmos bem pra nós mesmos... Existe muito desse mofo intrincado em nós. Mas esse é outro assunto. Eu disse que adoro desenhar. É, desenhar. Desenhar um mundo diferente do meu, mas com palavras. Essas sim mostram alguma coerência e coesão. Não ria de mim!!! Estou falando sério. Você sempre critica essas coisas que falo. Qual o problema se quero me agarrar à essa fuga como se fosse uma janela aberta para o sol me ver? É tão terrível assim? Não querer viver nas sombras, abrir as cortinas pra ficar de bem? Não preciso me queimar sob os raios, mas aquela pequena cor de felicidade nas maçãs do roso me agrada, sabe? Aquele vermelhinho saudável? Que expulsa o mofo, o amarelo azedo, o verde asco e o marrom cinzento. E sorrir o branco, aquele, O imaculado. 

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