quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Olhos ébrios encaravam-me.
Meu misto de volúpia, culpa e amor
Espelhavam em minha íris sua embriagues.

Fez-se minha vontade perecer em teus braços,
Abandonar meu corpo em ato heróico
Na busca pelo amor. Não seria a primeira,
Certamente não a última.
Mas ainda assim, fiel ao meu pesar.

Me dói o peito tua ausência, pois
Em tua vida quero naufragar.
Tingir minha seda com teu ciano
Minha pele de terracota como
As filigranas de teu olhar.

Em teu rosto eu vejo o todo
Do qual nunca participei. Tu és
O meu caminho ou minha ponte para tal.
Estes não de sangue, sofrimento ou solidão.
Mas entendimento, companheirismo e felicidade.

Bases muito mais sólidas, são essas que construímos juntos.

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