Olhos ébrios encaravam-me.
Meu misto de volúpia, culpa e amor
Espelhavam em minha íris sua embriagues.
Meu misto de volúpia, culpa e amor
Espelhavam em minha íris sua embriagues.
Fez-se minha vontade perecer em teus braços,
Abandonar meu corpo em ato heróico
Na busca pelo amor. Não seria a primeira,
Certamente não a última.
Mas ainda assim, fiel ao meu pesar.
Me dói o peito tua ausência, pois
Em tua vida quero naufragar.
Tingir minha seda com teu ciano
Minha pele de terracota como
As filigranas de teu olhar.
Em teu rosto eu vejo o todo
Do qual nunca participei. Tu és
O meu caminho ou minha ponte para tal.
Estes não de sangue, sofrimento ou solidão.
Mas entendimento, companheirismo e felicidade.
Bases muito mais sólidas, são essas que construímos juntos.