quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Olhos ébrios encaravam-me.
Meu misto de volúpia, culpa e amor
Espelhavam em minha íris sua embriagues.

Fez-se minha vontade perecer em teus braços,
Abandonar meu corpo em ato heróico
Na busca pelo amor. Não seria a primeira,
Certamente não a última.
Mas ainda assim, fiel ao meu pesar.

Me dói o peito tua ausência, pois
Em tua vida quero naufragar.
Tingir minha seda com teu ciano
Minha pele de terracota como
As filigranas de teu olhar.

Em teu rosto eu vejo o todo
Do qual nunca participei. Tu és
O meu caminho ou minha ponte para tal.
Estes não de sangue, sofrimento ou solidão.
Mas entendimento, companheirismo e felicidade.

Bases muito mais sólidas, são essas que construímos juntos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Afeição

Quero que veja teus reflexos em mim;
As reações que, em cadeia, são desenfreadas
Por um toque teu.

Teus dedos gelados traçam a curva
De meu colo morno e sinto-me
Gelar por inteiro - derreto aos poucos.

Tua ternura e cuidado me deleitam
Mas nada ocorre... Não que queira!
Seria tudo contrário à ordem. 

Mas chegar ao imo teu por externasses minhas,
E vocabulários teus - é de intento nosso.
E ao cerne meu por olhares teus,
Proximidade minha e afeição mutua - é deleite nosso.

Teu mirar encalistra- me; é, pois, oceano castanho que
Nas profundezas me perco, e não encontro caminho que dê
A respirar. E tudo que não consigo neles ler – tenho, nas impressões
De tuas mãos quando me afagam os cabelos, qualquer léxico que deles
Deveria extirpar.


Gostaria de conhecer - não se recíproco - mas
O que em ti causo, pois em mim você importa e reside.
Não é amor, por sua raiz ou pelo que virou, não é magnetismo dos corpos
Não é desejo somente. É algo mais.
É interior, a intimidade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Joy

My book is gonna be real! hahaha

sábado, 9 de outubro de 2010

Que dimana em mim.

Após dilacerado
Há um sulco descomedido em meu imo
Que arde nas bordas e só
Cessa quando transborda lamúrias
Irrefreadamente... escuras, espessas.
Sem força ele não bombeia e os extremos
Frios de nada - são dedos opacos de
Vida que doem um agudo tormento.
O sofrer eterno de alguém que por dentro sangra.
Hemorragia desenfreada que alaga as entranhas
E escorre dos olhos cristalina. Que mancha a pele
De translúcido e reluz até cegar o olhar de quem vê

Inexistente para os com quem convive tenho os olhos cerrados,
Não de raiva, algo mais brando que não sei dizer.
Porque tanta dor? É o vazio de dentro que me corrói
Ou o turbilhão ininterrupto que me é externo
A aprisionar-me do lado interior? Nem para essa tenho resposta,
Uma vez que brotam perguntas de meus lábios.
Já as respostas nunca encontram o caminho até o consciente.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Desassossego



Teus olhos me dilaceram em miúdos.
Como chaga viva em meu peito exposto
Tuas mãos em brasa largam funestas impressões
Por toda minha pele.

Tuas marcas, contudo, não se restringem ao exterior:
Estendem-se ao cerne meu.
Antes de ti, como árvore imaculada, respirava o mundo
E vivia no ser mais que plenamente.

E agora, com o pai morto e a mãe ingrata,
Tento fazer de meus dias opacos, cheios de gente que reluzam à luz do dia
E se façam presentes mesmo na escuridão.

Em princípio, a Lua era como meu farol constante 
Nas noites ingratas de sofrimento e solidão; 
porém, hoje, as nuvens pretas nunca abrem caminho para o feixe prateado .

E assim esqueço que daqui a algum tempo, haverá paz no espírito, 
sorriso nos lábios e, sempre ...
A inquietude de meu coração.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

E a vida em sépia.


Os poemas me encontram
Mesmo em meio ao mundo.
As risadas e falatórios -
Quantas vezes não me tiraram
A atenção.

São fantasmas passados que me
Doem o peito quando me perco em
Lembranças.

Chico uma vez disse que sua vida
É feita de memórias.
Mas qual não é?
O que escrevo são as imagens gravadas
Em meu subconsciente.
É como se as transcrevesse, pintasse,
Em poesia.

As imagens seriam todas distantes... Um tanto turvas
Em cores difusas.
As vozes não encontrariam tons;
E os olhos - se reconhecíveis - opacos.

Meu filme é mudo
E a película, gravada em sépia.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Rodrigo Amarante

Em entrevista para uma revista ele diz:


Amarante - Quando escrevo (falo por mim) tenho a impressão mais de estar tentando materializar nas palavras e na música uma coisa que já está em minha memória. 
É como cristalizar um pensamento transformando-o em palavras. Dessa forma coisas da vida aparecem nas músicas mas nem sempre de forma literal ou objetiva.

 Muitas das músicas compostas por ele são minhas preferidas : Último Romance, Sentimental e tendo conhecido-a através de uma amiga (Sofia) Evaporar.

Evaporar

Little Joy

Composição: R. Amarante
Tempo a gente tem
Quanto a gente dá
Corre o que correr
Custa o que custar
Tempo a gente dá
Quanto a gente tem
Custa o que correr
Corre o que custar
O tempo que eu perdi
Só agora eu sei
Aprender a dar foi o que ganhei
E ando ainda atrás desse tempo ter
Pude não correr pra ele me encontrar
Não se mexer
Beija-flor no ar
O rio fica lá, a água é que correu
Chega na maré, ele vira mar
Como se morrer fosse desaguar
Derramar no céu, se purificar
Deixar pra trás sais e minerais
Evaporar
 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

E aqui dentro... a Falta.

Como um solo infértil, sem essência
Ou qualquer condição de vida e não
Há quem respire alegria: é onde o brilho de teus olhos não alcança...
Essa luz fugas que por muito segui
Já significa nada e está, pois, esquecida
Dentro em mim: como que adormecida
Contudo respira e, portanto, vive...

E quanto a mim, inconseqüente – inconsciente,
Dito minhas passadas na cadência desta pulsação
Que em meu âmago, há muito enterrada,
Resiste a martelar, inda que suavemente,
Contra o peito meu. E se faz presente em cada momento
como se de intento eu já não sorvesse... E como se vidente,
Impelido por renovado sopro de vida originário de ti
Ressurge como farol no horizonte após a forte tempestade
Ter me tomado o rumo.

E esta luz incandescente são teus olhos a encontrar os meus
E teu cheiro a acariciar meu rosto. São teus dedos a varrerem minha face
E, em única passagem, deixarem a marca perpétua de teu calor junto ao
Meu corpo...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Diáfano, sim. É ela.

Sinto as mãos vazias de palavras, os versos despedindo-se dos dedos, sinto a confissão se esvaindo.
E, de pouco em pouco - como se ressequido,
O espírito antes livre para versar confunde-se com o redór.

E a cada pedaço que se vai, sinto-me sem motivo.
Como se sem realidade
Seja feita de translúcido, bordas irreais.
Não sei se de vazio interior,
Ou se de externo inexistente
Que são feitas minhas palavras.
E toda linguagem minha, como se de poeira fosse feita,
Parece, pois, coisa nula, descartável...
Bagatela.

E de quê poderia valher-me
Léxicos que nada significam?
E para que transcorrer, mesmo que fluidamente,
Sobre insignificâncias do que está por dentro?

Se nada parece ter mais por que.
E de nada vêm, então de nada serve e nada significa.

Não quero escrever sem motivo,
Sem sentimento nem motivação.
E toda essa falta me corrói, faz-me mal
E o ciclo, vazio de cheio, não se interrompe.
E a cada vez afogo-me em lamurias intermináveis
Não há regojizo... Não há sorriso, não há
Se quer, expressão.

E toda linguagem minha, como se de poeira fosse feita,
Parece, pois, coisa nula, descartável...
Bagatela.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Que nada contém.

Só quero o sossego de teus lábios coligidos com os meus. Teu suave gosto a me inebriar juntamente de teu cheiro, teus toques enfim, tua presença... Preciso de ti mais do que parece. Nada há que diminua esta aflição imposta a mim. Sem ao menos saber quem tu és, priva-me de discorrer sobre o provável tom de pele a reluzir sob o sol poente; o brilho de teus olhos diante da tela de cinema, para mim, muda; teu perfume carregado até onde estou e que, sei, nunca esteve; assim sendo, assisto o romance de outros. Escuto estórias repetidas a cada vez, leves alterações... Mas quem se preocupa com os clichês quando são eles a preencher-lhes o espírito e lhes permite colocar um sorriso nos lábios?



Não sei, mas são as histórias mais tristes (aos olhos de outros, e a mente e corações de uns) que mais me atraem. Não sei se porque enxergo beleza onde há dor, somente porque assim, o sentimento é valorizado... Sinceramente, a opacidade de meus pensamentos, quanto ao assunto relacionamento, e todos os trâmites que lhe são concernentes, deixa-me triste. É como se me pedissem para pensar no nada. Isso, somente, se me prendo no momento atual, pois passado todos temos e é dele que construímos nossa base seja com relação a o que for... Só que passado não alimenta o espírito de quem necessita de regojizo, seja de que for, provindo de outro ser; ele não comprime o peito de saudade (as vezes sim, mas não depois de tanto tempo... dependendo da intensidade do sentimento), nem dá a sensação de borboletas no estômago... Não sei, sinto falta de algo, ou alguém. É como se escrever não tivesse mais por que.

E isso, é insuportável.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cinza

Uma pausa.
Meus passos mudos
Trazem o silêncio de um dia farto e turbulento;
O frio chama a solidão
E a calma para dentro.
Um instante.
Um momento.

É o mundo que gira devagar,
Que corre em câmera lenta.
São meus batimentos,
Lentos, destoantes.
O translucido através da tristeza;
O turvo delineando o caminho.
As lágrimas.
Caleidoscópio invertido,
É dor infinita.
Trazida de um poço profundo, imprecisa.
Sem porque, sem sentido.
É a derradeira emoção que aos poucos
Foi-se ruindo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Stigmatized


"If I give up on you I give up on me
If we fight what's true, will we ever be
Even if God himself and the faith I knew
Shouldn't hold me back, shouldn't keep me from you

Chorus:
Tease me, by holding out your hand
Then leave me, or take me as I am
And live our lives, stigmatized

I can feel the blood rushing through my veins
When I hear your voice, driving me insane
Hour after hour day after day
Every lonely night that I sit and pray

Chorus

We live our lives on different sides,
But we keep together you and I
Just live our lives, stigmatized

We'll live our lives, we'll take the punches every day
We'll live our lives I know we're gonna find our way

I believe in you
Even if no one understands
I believe in you, and I don't really give a damn
If we're stigmatized
We live our lives on different sides
But we keep together you and I
We live our lives on different sides,

We're gonna live our lives
Gotta live our lives
We're gonna live our lives
We're gonna live our lives, Gonna live our lives, Stigmatized"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Horizonte Distante"

Se existe a divisão real
Entre Céu e terra,
Seriam teus olhos,
Os reais representantes
Desse horizonte.

Sua figura assusta-me
E me consome de desejo...
Porque este ímpeto em mim?

É errado, irreal, o que sentimos,
Todo o nosso plano físico é imoral.
Somos a personificação de nossos Sonhos
Todos, contos de fada sem finais felizes.

Ainda assim, não consigo desprender-me de teu olhar
O brilho que deles irradia é chama...
Eterna chama a me atrair.
A tornar toda minha força de vontade
Irreal, restrita; O material a preencher a ampulheta

E a cada passo que me distancio de ti
São outros cinco que dás em minha direção.
E seu cheiro a me embriagar e cultivar meu
Vício por tua presença...
E teus toques a me prender, tornam improváveis
A distância que me separe de teu bem querer.

Laços inexistentes prendem-me, fio a fio,
A nossa relação... Não existe escapatória,
E o fim deve estar por vir.
Mas não temo deitar-me em teu leito
E abraçar nosso futuro inexistente;
Sorrio... Diante de tal expectativa.
A esperança de tornar-se real
A história trágica de nosso fim.


" Por onde vou guiar
O olhar que não enxerga mais
Dá-me luz ó deus do Tempo (x2)
Nesse momento menoooor
Preu saber seu redór
A gente quer ver,
O Horizonte Distante"

sábado, 7 de agosto de 2010

Chama

Certo que te ter em meus braços, é o sol
que irradia, e queima;

Deixa em brasa folhas mortas e vive, e faz viver
as mais bonitas;

Cresce e cerca o mundo, um todo tão complexo e profundo;
profaná-lo por inteiro?
Impossível.

Vento que carrega o pó e lava seus cabelos, ondas cálidas
que me impedem o sono e me levam ao ar, carregando o ser,
o mundo;

Brilho que cega, ofuscante brasa de um corpo que reluz,
À luz da lua: leitoso;
Derretido ferro pelo dia,
Moldado às marteladas... 
Acariciado pelas chamas que lambem e levam tudo.

(18/08/2009)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Qual o problema?

É que está tudo de cabeça para baixo... 
Qual o suposto sentido de algo existir? 
E, seira eu, obrigada a entendê-lo?.... Não sei.

Sinto-me incapás de compreenção
Escrevo sem saber o porquê e sem real vontade...
Ou seria isso somente algo mais que não faz sentido?
Já não sei os limites
E minha mente infantil faz questão de que deste modo
Tudo permaneça.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Camélia

Porque sou eu a Cortesã
De seus sonhos
E ela a mulher de seus dias?

Meus olhos lôbregos acordam
Para focar o nada...

A cama rodeada por livros,
Círculo de sabedoria e paixão,
Antro de perfume e saudade
Amanhece fria, solene.
Meus dias padecem a escrever
Somente. A claridade é o revés...
É como a solidão que me consome.

Ao claro, sua apatia
Me assusta...
E trôpega de sentimentos vissicitosos, derramo lágrimas
Em meus escritos não somente inspirados por ti.
Mas pela amargura trazida em minha boca a cada manhã que acordo
Sem teu corpo quente ao lado meu.

Tento sufragar meus sentimentos.
Torná-los líquidos em poesia.
Mas quando a noite cai
E tua voz a recitar me aquece
O peito, e tuas mãos me
Esquentam o corpo
Me pego a sorrir...

E deixo-me naufragar em
Mil e uma noites de Amor.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Recipiente vazio


Eu não quero ter de olhar em teus olhos
E me arrepender do passado que tivemos. 

Vai me dizer que tudo aquilo que senti
Era pura mentira... Teatro teu..?
Se assim for, vire-se, vá embora,
Quero jamais o ver.

Assim será melhor, a dor menor
E o passado, distante.
Como deve ser;

Se a insignificância de um ser é expressa por suas atitudes
Então tu és um miserável de atenção. Não somente 
Por teus passos e palavras, mas por teu olhar também,
Vazio de alma;

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Menina dos olhos d'água

Tu que és tão fiel à tua amada
Não nega carícias a tua mulher.

A ela, cabe o papel de fingir-se deleitar
Para então, quando encontrar-se distante,
O comandante poder tomar-lhe o lugar.

Ah! Se tu pudesses ver, ao menos
Enxergar! O grande amor que sem receio
A ti tento entregar.

Mas para o mundo teu olhar
Encontra-se vedado - e para mim
Resta apenas esperar.

A cada dia que por tua esquina passo
E a ela não o vejo namorar
Meu dia enche-se de luz
Que reflete até, e mesmo,
Durante o luar

Contudo... Quando o vejo a fronte
Dela beijar; meus olhos enchem-se
De lágrimas, salgadas lágrimas
Como o mar.

Tua esquina dos olhos d'água
Não poderia me guardar, mesmo que em sonho, 
Presente mais bonito, que se tu estivesses junto ás rosas
A me aguardar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vão Orgulho

"Mentira! Não fui tua … não! Somente …
Quis ser mais do que sou, mais do que gente,
No alto orgulho de o ter sido em vão! …"

Florbela Espanca

Lindos versos, nada incompreensíveis, mas, mesmo assim, nos fazem pensar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Solicitude

As feridas deixadas em meu peito
- Eternas marcas do que vivemos -
Hão de perdurar por todo o sempre.

Inda que os mais valorosos versos sejam proferidos
Por teus belos lábios, nem mesmo eles,
Serão capazes de juntar-me a ti.

Todas as léguas que insistem em nos separar, não são capazes
De privar-me da sensação de tua presença;
Teus olhos, eles sim, parecem eternamente fixados a mim...
Livra-me de tua sentença,
Deixa-me viver carmim.

Ah, viver de sofrimento e morrer de amar!
Não há de existir destino mais prazeroso que não poder,
Nem se quer - respirar.

Quero viver sem fôlego, em toda tua intensidade
Preferir celeridade á ócio,
Como Dionísio, repugnar prolixidade.

Mas quero a ti, tuas qualidades e manias
Quero teus erros.
Teus feitos, defeitos...
Tuas ironias.

E quero-te, pois sei que cuidar de ti é, ao menos,
Dizível. Sei que para mim é possível.
Meu zelo e meu amor são eternamente teus...
Mas quanto a mim, o tempo é indefinível.

INEFÁVEL


Monet

Nada há que me domine e que me vença 
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!

Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas



Cruz e souza

Amo as poesias deste poeta que mesmo negro, não se absteve de se expressar.

domingo, 16 de maio de 2010

Tudo na vida é uma escolha.

"A dor é inevitável mas o sofrimento é opicional."

As frases são ditas por todos... mas pare para pensar o por quê.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nada Há de fazer-me triste

Além de sua ausência...

Parece loucura dizer que te amo?
Nem ao menos o conheço.
Nunca o ouvi falar longamente, nem sequer
Reconheço seus costumes e defeitos.

Qualquer que for sua opinião sobre a vida
Eu jamais saberei... pois você nunca ousou me telefonar.
Porque à distância?
Parecemos dar-nos demasiadamente bem.

Outras vidas? Alguns diriam que sim
Almas amigas que, juntas, enfrentam o caminho maior.
- não há nada que possamos fazer; o entendimento não nos cabe no presente momento-

Mas... porque não telefonou?
O contato é algo assim tão absurdo?
Ou somente a insegurança da aceitação o impede?

Eu nunca hei de tratar-lhe comumente
E aceito o contrato de bem estar ao próximo
Fazê-lo sorrir, mesmo por breves momentos, fez-me sentir especial

...Não há nada que eu gostaria mais do que um contato seu ...
Pena que cartas – hoje – não são mais usadas, a grafia me fascina.

Desconexão

O infinito interior vai além de qualquer expectativa.
O entendimento do ser como um todo requer paciência e sabedoria.
Somente a inteligência não basta.
A necessidade de sentir está enraizada em cada ser humano,
Pois as experiências vividas ficam na memória de tal maneira que,
Como aprendizado, valem muito mais que teorias.
O viver e o sentir deixam a marca profunda de uma vida inteira,
Mesmo que vivida em poucos segundos.
Seguir adiante, sem direção, andando no escuro e de olhos fechados,
Contando somente com a audição e o tato.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Caligem dos olhos

Momento... suspiro: cansaço de viver.
Absorve-se o nada e a expressividade se perde.
Qual o sentido das frases turvas?
A que mundo pertencem as palavras rasas?

Seguir pelo simples fato de continuar andando...
A razão, os sentimentos;
Todos batidos juntos contra a consciência
De quem não sabe sobre seu futuro.

Qual o destino da humanidade?
O propósito de sua existência...
Real, imaginário?

Reflexões... porque sempre no escuro?
Silêncio, calmaria; são cenários perfeitos

Seria a luz do luar guia das cabeças pensantes,
Ou somente seu brilho fosco é suficiente
Para despertar a impulsividade, a inquietude
Necessárias para se passar pensamentos ao papel?

São muitos os questionamentos que pululam em minha mente

domingo, 25 de abril de 2010

LET IT BE

Sonho... E presto antenção no presente. Me desligo de todas as amarras, de todas as barreiras e simplismente vivo!!
Saio correndo e grito LIBERDADE. Eu respiro rápido para poder vivenciar cada minuto, não quero perder nenhum segundo. Sinto urgência em perseguir meu futuro e medo, muito medo do que virá... Mas e dái?!! Nada, nada, nada está perdido, nem se perderá.
Desoito anos e uma história parcialmente escrita, ou nem isso. Muita coisa ainda está por vir, mas quer saber? Que venha.

Soneto de Véspera

"Quando Chegardes e eu te vir chorando
De tanto de esperar, que te direi?
E da angústia de amar-te, te esperando
Reencontrada, como te amarei?

Que beijo teu de lágrimas terei
Para esquecer o que vivi lembrando 
E que farei da antiga mágoa quando 
Não puder te dizer porque chorei?

Como ocultar a sombra em mim suspensa
Pelo martírio da memória imensa
Que a distância criou - fria de vida

Imagem tua que eu compus serena 
Atenta ao meu apelo e a minha pena 
E que quisera nunca mais perdida..."

Oxford 1939
Vinicius de Moraes

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Questionamentos.

Para todo sonho existe um por que,
Assim como, para toda vida.

Às vezes fico me perguntando... Porque será que vejo as coisas de maneira tão diferente? Porque são poucas as pessoas que conseguem me entender? Serão minhas interpretações tão desconexas, ou simplesmente destoantes da maioria?

O que quero para mim encontro em poucas pessoas. Em amigas, em parentes. Mas o que eu sempre quis, fervorosamente, foi encontrar alguém; alguém para dividir a vida inteira, sem preconceitos ou receios, sem fingimentos. Sem aquela necessidade de provar algo... Não devo nada a ninguém! Para que viver de joguinhos? Para que fingir que é de certa maneira para despertar o interesse do próximo? Não há quem consiga manter a farsa por tanto tempo... não existem bons atores a este ponto. Ou você é assim, ou não. E ponto.




terça-feira, 6 de abril de 2010

Smile

"If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile if you'll just...
Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?"

Charles Chaplin

domingo, 4 de abril de 2010

Manu

Passei o fim de semana aqui em São Paulo na espectativa de que minha sobrinha/afilhada nascesse. Bom, ainda não foi dessa vez. Estamos achando que assim que  chegarmos ao Rio teremos de embarcar em um avião para voltar de onde partimos, a Manu já é sapeca desde a barriga, esperamos grandes feitos da pimpolha. =] 

Ontem, enquanto eu e meu pai passeávamos pela cidade, vimos uma carroça cheia de caixas de papelão e outros reciclaveis e nela havia um escrito " Queria poder reciclar os políticos" - achei fantástico - mas no nosso caso, os brasileiros, somente a reciclagem não serve, precisamos mesmo é de novos políticos, livres de toda esta sugeira de corrupção que está enrraizada em suas entranhas. 


Mas, como somos brasileiros e não desistimos nunca; e quando digo nós, refiro-me ao "povo" e aos políticos, continuamos tendo esperança de que tudo isso melhorará, agora, dependendo do referencial, já que nosso país é tão grande e existem tantas pessoas com diferentes intenções e motivações;

Ah, Feliz Páscoa! Muitos chocolates para vocês \o/

sexta-feira, 26 de março de 2010

"strawberry fields forever"










 I'm gonna fly away from here. 
To a better place were there is 
love and forgiveness. To a place 
were i can live  in a strawberry 
field and look to a diamond sky. 
I'm gonna fly away from here.












quarta-feira, 24 de março de 2010

Just Like a Star Across My Sky

amo muito essa pequena! :*
"Damn girl!"

segunda-feira, 15 de março de 2010

"Unanimidade"

"Da janela de seu quarto, aberto para todos os quadrantes, o homem indaga o mundo, olha as razões do mundo, fareja os motivos e as consequências dessa ou daquela atitude, dessa ou daquela omissão, refletindo a vasta massa informe dos acontecimentos, das situações estacionárias, revolucionárias, ou reacionárias, das promessas e das mentiras universais.

E olhando, indagando, farejando, refletindo, o seu interesse cruza com o interesse de milhões de outras criaturas que procuram um entendimento universal, uma evolução verdadeira, uma paz estável para as gerações novas, uma segurança solidária, um mundo ,afinal, mais descente, menos enganado pelos poderosos, menos injustiçado. 

Nosso destino é morrer. Mas também e nascer. O resto é aflição ou frivolidade do esírito."
trexo, Crônicas - Antológicas Escolares; Paulo Mendes Campos;

Muitas das verdades de nosso mundo nos negamos a enchergar, será que assim, algum dia, chegaremos ao que se concidera a evolução? O equilíbrio entre o meio e o moderno? A consciência de que respeitar a natureza é preciso, pois é dela que viemos e é a ela que iremos por fim?

Só nos resta consciêntizarmo-nos e fazermos o melhor acreditando que, se fizermos nossa parte, algo, por fim, será salvo. 

sábado, 13 de março de 2010

Teu Riso

Tira-me o pão se quiseres
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida. 

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

quinta-feira, 11 de março de 2010

All you need is love


"You're asking me if my love will grow, I don't know I don't knoooow"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Amigas

Ahh... como eu as amo. Mas é um amor incondicional mesmo, amor de irmã. Elas são a melhor família que eu poderia ter escolhido. Não existe uma que não seja especial à sua maneira, todas, todas, tem um papel importante no meu cotidiano, mesmo estando em outra escola ou em outro estado. Não existe um que deixe de me surpreender a sua maneira, seja me dizendo o que pensam ou tomando atitudes que somente comprovam o quanto são especiais.

A Carol com o jeitinho "pateta" de ser, sempre parecendo ser uma das mais novas do grupo, mesmo sendo a mais velha. A Stella, nossa menina/mulher. Sempre atenciosa/ preocupada conosco. A Yasmin, com sua eterna indiferença, seeempre me surpreende quando fala qualquer coisa "munitinha" para nós, a última foi no restaurante “- Ahh geente, o que seria de mim sem vocês? Eu estaria em casa agora, sem fazer PN"  (risos), sempre dá vontade de apertar - ainda mais porque ela odeia! Hahaha – não importa quantos anos vão se passar, a min vai sempre me surpreender. Agora, esse ano tem a Raquel, mais presente, sempre tão estudiosa na sala, mas fora dela uma pessoa muito engraçada e que nos surpreende a todos, pois obviamente precisamos conhecê-la melhor. A Camile que nos deixou no cotidiano, mas que continua sendo muuito especial, sempre “bunita” com o jeitinho meigo dela. Agora temos também a Vanessa e a Patrícia, duas meninas muito diferentes que chegaram esse ano lá no ND. A Patrícia e seus comentários, imperdível. E a Vanessa, meiga toda vida, mas muuuuito engraçada quando resolve falar besteira.

Fora algumas outras que passaram por minha vida mais que deixaram e ainda deixam marcas. A Camillinha que sempre me liga pra ouvir conselhos – e eu sempre acho que não ajudo o suficiente – a Cinthya com o jeito extrovertido, até hoje me lembro do aniversário no Outback, ninguém merece aquele canguru ¬¬

Enfim, as amo eternamente e qualquer uma delas pode sempre contar comigo, pra qualquer coisa. Não importa quando, como, nem por que. Eu posso estar distante no dia-a-dia, mas podem ter certeza, o sentimento não mudou nenhum pouquinho.

VOCÊS SÃO PRA VIDA TODA.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Rotina

Impressionante como a vida é. Ao mesmo tempo que existe uma vida sendo fecundada na barriga de uma mãe, seguindo junto dela 24hs por dia durante nove meses, fazendo parte de seu corpo, dividindo os mesmos nutrientes, as mesmas sensações e recebendo o mesmo amor alheio... Há pessoas morrendo por todo o mundo, sofrendo com a miséria, terremotos, doenças,etc. O mundo costumava ser um lugar equilibrado, onde a vida e a morte coexistiam de maneira perfeita, caminhando juntas por um mesmo propósito. Hoje, parece que a morte anda sempre um passo a frente.

Claro, tudo isso pode ser só impressão minha, mas o que o ser humano anda fazendo com o mundo no qual vivemos não é correto. Que o planeta se desgasta no decorrer dos anos, isto é fato; o mesmo acontece conosco - basta estarmos vivos para morrermos - no momento em que nascemos, já começamos a definhar. E é justamente este processo de envelhecimento que estamos acelerando, o que fazemos com o meio em que vivemos é o mesmo que se resolvessemos fumar dois ou três maços de cigarro por dia. A natureza não suporta este nível de consumismo que nossa sociedade captalista estimula, e mais cedo ou mais tarde, vai ser como se a terra explodisse;

Tudo bem, eu fiquei com este pensamento grudado na cabeça por causa do que está ocorrendo no Chile. Sabe, é como se o planeta se revoltasse contrá nós. Estes terremotos, tsunamis.. aos meus olhos, são como avisos que todos nós ignoramos, pois, assim como as casas da parte nobre do Chile mal tiveram seus vasos quebrados, as pessoas que não foram abaladas pelo fenômeno continuam seguindo suas vidinhas normalmente dizendo, "oh, coitadinhos dos chilenos"; esta falsa piedade me irrita. Ninguém nunca se presta a fazer absolutamente nada, e são tão hipócritas a ponto de, quando estão precisando de ajuda, reclamarem dizendo que as pessoas só sabem olhar para os próprios úmbigos. Quem sabe, quando eles resolverem olhar pra frente, vão perceber que as coisas não são bem assim.

Enfim, só desabafando o quanto nossa sociedade é uma bosta. ahahahah (a gente ri pra não chorar mesmo)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Just a Coment

É impressionante como as nossas vidas nos trazem muitas surpresas. Uma menina chegou esse ano lá na escola transferida de outra cidade e justamente no 3º ano. Para ela está sendo extremamente difícil, pois todos os amigos dela ficaram por lá e esse é o ano que as pessoas já estudam a tanto tempo juntas, que são muito próximas.  Mas nós nos demos tão bem, e quando digo nós refiro-me ao grupo de amigos que temos, parece - como ela diz - que foi o destino que nos aproximou.

Só queria comentar isso mesmo, é que o dia de hoje marcou bem esta situação ;]

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A um passo do mundo

O ano começou de fato segunda-feira dia 22. Mal chegamos na terça e já to sentindo como esse ano vai ser, RALAÇÃO TOTAAAL. A gente ri pra não chorar mesmo. Mas tirando esses detalhes sórdidos, eu tenho plena certeza de que o ano não será ruim! Vou passa-lo com as pessoas que eu mais amo; E nós vamos atingir nossos objetivos, dois dos nossos amigos já estão lá na facul e temos mais um com os pés quaaase lá. Só nos resta correr atrás para conseguirmos o prêmio. 

Pensar nisso agora dá um frio na barriga. É muita especulação, mesmo da minha parte, do que será meu futuro, mas como diz o povo " o que será, será"  e, já que "Navegar é preciso; e viver não é preciso", vamos seguir em frente firme e forte nessa nossa vida muuuucho loka! 

Gente, é muita pressão, eu só tenho 17! ahahahaha



terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Final Feliz ou seria começo?

GENTE, não sei o que me deu agora, mas to tão feliz. Sério, sem motivo algum.

Ah, o dia foi tão normal, sabe? Meio tenso, mas nada fora do normal, dai uns filmes na Tv, e agora, to tentando escrever qualquer coisa.  Faz muito tempo que não escrevo nada, seja uma estorinha boba ou um poema. AHHH falando nisso, o mais engraçado, minha irmã tava lendo meu caderninho de anotação que coloco umas frases que eu adoro, poesia, texto (quando eu to com saco de copiar) e anoto coisas (in)úteis. E minha irmã ao ler uma poesia do VINICIUS DE MORAES achou que era minha!! HAHAHA quem dera, dai, depois, ela leu o nome. Mas ta valendo vai, ao menos, sei que ela gosta do que escrevo ;)

Falando em irmã, mal posso esperar para que a Manu nasça. Outro dia sonhei com o nascimento dela... Era tão linda! Sério, eu já a amo e nunca nem toquei em seu rostinho. haha Vai ser a coisa mais linda do mundo, ao menos aos meus olhos,  sim. Ai, como eu sou coruja. hahaha Que que eu posso fazer? É a minha afilhada e filha da minha irmã, quer mais apelo emocional que isso? Acho que não, né.

Caraca, nem me liguei, primeiro post do ano. ^^ 2010, o que este ano nos promete? Hummm a família cresce, as responsabilidades aumentam, as discuções também, mas a gente sempre releva...É... O que será de mim? Vou pagar pra ver. ;)

Beijo Gente.

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