sábado, 26 de setembro de 2009

"Soneto da Separação"

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.


De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente


Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente"



Porque uma separação brusca como essa nos leva a pensar; Será que um dia vou encontrar alguém que seja para mim, o que meu pai é para minha mãe? 
Será que um dia encontrarei um amor que irá durar por 30, 40, 50 anos? Será que algum dia poderei, sem olhar para o lado, saber que existe alguém ali para mim. Não porque precisei olhar em seus olhos, mas sim, pelo simples fato de sentir o calor de suas mãos nas minhas.


Quero alguém pra vida interia. 
Quero alguém que faça meu mundo melhor. 


Dia bom, mas cansativo.
Ainda na busca por um mundo melhor

Um comentário:

  1. Vinicius de Moraes é incrivelmente maravilhoso.Ultimamente tenho lido muito este soneto.
    Poetisa, não tenha medo de se apaixonar, pois o amor verdadeiro sempre será avassalador; e não o espere, porque tudo o que vier do amor é inesperado. Apenas viva e não desista do amor vc aguarda, dos momentos que ainda irão virar lembranças maravilhosas de um relacionamento. E não tema de ser feliz. O amor é a maior dádiva que o homem tem. Ame muito, mesma que isso possa te fazer ficar triste: ame. A sensação de amar alguém é inexplicável. (Veja por mim)
    Como eu amo essa poetisa apaixonada pela vida.
    Beijos;

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