segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fim de tarde;

Seus olhos me hipnotizavam. O que dizia me arrastava para dentro de si.
Os tons suaves dos cabelos reluzindo ao sol, as pontas dos dedos, quase translúcidas.
O sorriso branco e o carvão nas mãos. Pintava o próprio rosto sem perceber...
Sorria com o canto dos lábios. O turbilhão de cores realçadas pela luz vibrante,
A folha antes imaculada. Em meu peito floresciam os teus olhos.
Meu âmago em rebuliço na tua presença.
Tremia.

O que há de ser será. Lia.
Mas nada ali composto reconfortava;
Nublado, se extinguia o sol.
O peito pesado, a ausência profunda.
Tristeza líquida me escorria dos olhos.

Calor do corpo nas colchas amarfanhadas.
Um par de mãos sozinho.
Não ressoavam gargalhadas.
Era único o suspiro.

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