segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Camélia

Porque sou eu a Cortesã
De seus sonhos
E ela a mulher de seus dias?

Meus olhos lôbregos acordam
Para focar o nada...

A cama rodeada por livros,
Círculo de sabedoria e paixão,
Antro de perfume e saudade
Amanhece fria, solene.
Meus dias padecem a escrever
Somente. A claridade é o revés...
É como a solidão que me consome.

Ao claro, sua apatia
Me assusta...
E trôpega de sentimentos vissicitosos, derramo lágrimas
Em meus escritos não somente inspirados por ti.
Mas pela amargura trazida em minha boca a cada manhã que acordo
Sem teu corpo quente ao lado meu.

Tento sufragar meus sentimentos.
Torná-los líquidos em poesia.
Mas quando a noite cai
E tua voz a recitar me aquece
O peito, e tuas mãos me
Esquentam o corpo
Me pego a sorrir...

E deixo-me naufragar em
Mil e uma noites de Amor.

2 comentários:

  1. Poderoso! Fiquei até confuso sobre o que comentar.
    É uma expressão sóbria de uma mulher-mistura de clássico e contemporâneo, gostei muito!

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