quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Que nada contém.

Só quero o sossego de teus lábios coligidos com os meus. Teu suave gosto a me inebriar juntamente de teu cheiro, teus toques enfim, tua presença... Preciso de ti mais do que parece. Nada há que diminua esta aflição imposta a mim. Sem ao menos saber quem tu és, priva-me de discorrer sobre o provável tom de pele a reluzir sob o sol poente; o brilho de teus olhos diante da tela de cinema, para mim, muda; teu perfume carregado até onde estou e que, sei, nunca esteve; assim sendo, assisto o romance de outros. Escuto estórias repetidas a cada vez, leves alterações... Mas quem se preocupa com os clichês quando são eles a preencher-lhes o espírito e lhes permite colocar um sorriso nos lábios?



Não sei, mas são as histórias mais tristes (aos olhos de outros, e a mente e corações de uns) que mais me atraem. Não sei se porque enxergo beleza onde há dor, somente porque assim, o sentimento é valorizado... Sinceramente, a opacidade de meus pensamentos, quanto ao assunto relacionamento, e todos os trâmites que lhe são concernentes, deixa-me triste. É como se me pedissem para pensar no nada. Isso, somente, se me prendo no momento atual, pois passado todos temos e é dele que construímos nossa base seja com relação a o que for... Só que passado não alimenta o espírito de quem necessita de regojizo, seja de que for, provindo de outro ser; ele não comprime o peito de saudade (as vezes sim, mas não depois de tanto tempo... dependendo da intensidade do sentimento), nem dá a sensação de borboletas no estômago... Não sei, sinto falta de algo, ou alguém. É como se escrever não tivesse mais por que.

E isso, é insuportável.

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