terça-feira, 28 de setembro de 2010

E a vida em sépia.


Os poemas me encontram
Mesmo em meio ao mundo.
As risadas e falatórios -
Quantas vezes não me tiraram
A atenção.

São fantasmas passados que me
Doem o peito quando me perco em
Lembranças.

Chico uma vez disse que sua vida
É feita de memórias.
Mas qual não é?
O que escrevo são as imagens gravadas
Em meu subconsciente.
É como se as transcrevesse, pintasse,
Em poesia.

As imagens seriam todas distantes... Um tanto turvas
Em cores difusas.
As vozes não encontrariam tons;
E os olhos - se reconhecíveis - opacos.

Meu filme é mudo
E a película, gravada em sépia.

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